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Andrew Brunson (à esquerda) agradeceu a Donald Trump pelo esforço para conseguir sua liberdade. | Roberto Schmidt/AFP
Andrew Brunson (à esquerda) agradeceu a Donald Trump pelo esforço para conseguir sua liberdade.| Foto: Roberto Schmidt/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o pastor Andrew Brunson no Salão Oval da Casa Branca neste sábado para celebrar sua liberdade após ficar quase dois anos em prisão domiciliar na Turquia. O pastor, que retornou ao país a bordo de um jato militar pouco antes do encontro, aparentava bom estado de saúde.

Brunson agradeceu Trump pelo empenho em garantir sua liberdade. “Você realmente lutou por nós”, disse ao presidente. “De uma prisão turca para a Casa Branca em 24 horas, nada mau”, respondeu Trump. Brunson foi detido em outubro de 2016, acusado de ajudar grupos terroristas. A prisão ocorreu em meio à ofensiva das autoridades turcas após uma tentativa de golpe em 2016.

O governo norte-americano tem atrelado a liberdade de Brunson à postura mais intransigente de Trump nas negociações, dizendo que a Turquia tentou impor os termos. Trump sustentou que não havia acordo, mas acenou com a perspectiva de melhora nas relações entre os EUA e seu aliado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Não pagamos resgate neste país”, afirmou.

Leia também:  Repressão na Turquia (editorial de 28 de julho de 2016)

Leia também: Um olhar crítico sobre a atual situação da Turquia (artigo de Mustafa Goktepe, publicado em 12 de setembro de 2016)

Trump agradeceu ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que inicialmente havia resistido às exigências do presidente norte-americano e de outras autoridades do país pela libertação de Brunson. Erdogan tem insistido que em seu país os tribunais são independentes, embora tenha sugerido anteriormente que Brunson fosse trocado por um clérigo turco radicado nos EUA e que Erdogan diz estar por trás do golpe frustrado de 2016. A decisão, acrescentou Trump, “irá levar a uma boa, talvez ótima, relação” entre os EUA e a Turquia, e que a Casa Branca irá “dar uma olhada” nas sanções.

Os EUA pediram repetidas vezes por sua liberdade; neste ano, impuseram sanções sobre dois funcionários turcos e dobraram as tarifas sobre as importações de aço e alumínio, citando em parte a situação de Brunson.

A recepção de boas vindas na Casa Branca pretende dar visibilidade ao sucesso diplomático do governo Trump, que busca apoio de cristãos evangélicos para candidatos republicanos nas eleições de 6 de novembro. Milhares de simpatizantes de Trump aplaudiram, na noite de sexta-feira, em um comício em Ohio, quando ele informou que Brunson era mais uma vez um homem livre.

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