Manifestante protesta em La Paz, após decisão judicial que anulou congresso em que o ex-presidente Evo Morales foi ratificado como líder do MAS| Foto: EFE/Luis Gandarillas
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O plenário do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia, em decisão unânime, anulou nesta terça-feira (31) todos os atos de um congresso do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) realizado no início de outubro, no qual o ex-presidente Evo Morales (2006-2019) foi ratificado como líder da legenda e aclamado como seu candidato à presidência em 2025.

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Segundo informações do jornal El Deber, Morales e outros integrantes da cúpula do MAS não cumpriram a obrigação estatutária de comprovar filiação ao partido há pelo menos dez anos e outro congresso precisa ser realizado dentro de 180 dias.

No congresso realizado na cidade de Lauca Ñ, no Trópico de Cochabamba (reduto eleitoral e sindical de Morales), entre 3 e 4 de outubro, o MAS anunciou a “autoexpulsão” do partido do atual presidente do país, Luis Arce, porque ele não compareceu à reunião.

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Arce, que chegou à presidência em 2020 apoiado por Morales, se tornou desafeto do ex-presidente porque este pretende ser o candidato da legenda na eleição presidencial de 2025.

Nas redes sociais, Morales criticou a decisão do TSE. “Anular o 10º Grande Congresso do MAS, o maior movimento político da história da Bolívia, é um golpe para a democracia, o movimento indígena e a revolução democrática cultural que custou sangue e vidas de irmãs e irmãos que lutaram contra o colonialismo e o neoliberalismo”, disse Morales.

O ex-presidente informou que, em reunião virtual, os dirigentes do MAS decidiram “declarar estado de emergência e mobilização”. Na noite de terça-feira, um protesto foi realizado em frente à sede da Justiça Eleitoral em La Paz.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]