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Alexis Tsipras anunciou um programa de ajuda imediata para fazer frente à crise humanitária | EFE/EPA/YANNIS KOLESIDIS
Alexis Tsipras anunciou um programa de ajuda imediata para fazer frente à crise humanitária| Foto: EFE/EPA/YANNIS KOLESIDIS

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou neste domingo um programa de ajuda imediata para fazer frente à crise humanitária e a recontratação dos empregados públicos que foram demitidos injustamente.

As primeiras medidas que serão realizadas a partir da quarta-feira incluirão ajuda alimentícia, eletricidade gratuita e pleno acesso à saúde dos mais castigados pela crise, disse Tsipras ao apresentar seu programa de governo no parlamento.

Além disso, acrescentou Tsipras, retornarão a seus postos de trabalho as pessoas cujas demissões violaram a leis, como as limpadoras ministeriais, os guardas escolares e os funcionários das universidades.

"Sem reformas do Estado, não conseguiríamos nada, nem com o melhor acordo para a dívida", ressaltou no começo de uma longa enumeração dos planos que o governo fará, ressaltando a máxima prioridade na luta contra o clientelismo e a corrupção.

"Dentro de seis meses teremos concluído a primeira parte destas reformas... Recortaremos os privilégios dos ministros e dos deputados, reduziremos o exército de conselheiros, eliminaremos a metade dos carros dos ministérios e os venderemos junto com um dos três aviões do governo", disse.

Tsipras disse que, além disso, pedirá à presidente do parlamento que elimine o privilégio dos deputados de dispor de carro.

Além disso, o governo reduzirá em 30% o pessoal da sede do governo, e em 40% os seguranças do primeiro-ministro.

"E isto não é só simbólico, é porque é necessário que os policiais estejam nos bairros para a segurança dos cidadãos", recalcou.

Tsipras anunciou que os serviços secretos mudarão de caráter e de nome e serão denominados Serviço de Proteção da Soberania Nacional.

Na luta contra a evasão fiscal, o primeiro-ministro anunciou que procederá imediatamente o controle dos grandes depósitos que não têm justificantivas fiscais.

Além disso, Tsopras anunciou que serão eliminadas as leis que anistiavam de antemão os funcionários que trabalham para o Banco da Grécia e a entidade encarregada das privatizações TAIPED.

"Não perdoaremos ninguém e nada do passado", assegurou, para acrescentar que será iniciada, além disso, uma investigação parlamentar para depurar responsabilidades sobre a situação na qual a Grécia se encontra.

Tsipras anunciou uma ampla reforma tributária a médio prazo, cuja filosofia será que cada cidadão e cada empresa contribua para os ingressos do Estado de acordo com suas capacidades e que acabe com uma situação que permitia que as pessoas com os maiores ingressos se livrem de pagar impostos.

"Nos comprometemos a criar um sistema simples que transferirá o peso de impostos aos ingressos mais altos", disse Tsipras, que acrescentou que será restabelecida a base impostiva isenta em 12 mil euros anuais e será eliminado o polêmico imposto imobiliário sobre a primeira casa, que será substituído por um sobre as grandes propriedades.

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