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O ônibus espacial Endeavour deve ser lançado na quarta-feira da Flórida, em sua primeira missão em quase cinco anos, levando material para as obras da Estação Espacial Internacional. A bordo viaja uma professora treinada originalmente para a fatídica missão do Challenger em 1986. Será o segundo de quatro vôos que a Nasa pretende fazer neste ano, em meio à pressa para concluir a construção da estação espacial, de 100 bilhões de dólares, antes da aposentadoria da frota de três ônibus espaciais, em 2010.

A Flórida costuma ter chuvas no fim de tarde nesta época, mas a previsão é de 80% de chance de céu aberto às 18h36 de quarta-feira (19h36, horário de Brasília), segundo a agência espacial americana.

O Endeavour não voou depois do desastre de fevereiro de 2003 com o ônibus Columbia, que explodiu na volta à atmosfera, matando seus sete ocupantes. Atendendo às novas normas de segurança adotadas desde então, o Endeavour passou por uma ampla reforma desde seu último vôo, em 2002, e é considerado "seminovo". Com uma nova peça, capaz de ligar o ônibus ao sistema elétrico da Estação Espacial, a nave poderá eventualmente prorrogar sua missão de 11 para 14 dias.

Este será o 119º vôo de um ônibus espacial. O objetivo da missão do Endeavour é instalar uma nova viga na estrutura principal da Estação Espacial Internacional, substituir um giroscópio com defeito, necessário para a estabilização da estação, e levar mantimentos.

Atração especial

Uma atração especial deste vôo é a presença da ex-professora primária Barbara Morgan, treinada há 22 anos como substituta de outra professora, Christa McAuliffe, que morreu junto com seis outros astronautas na explosão do Challenger, segundos após a decolagem, em 28 de janeiro de 1986. Depois daquele acidente, civis foram proibidos de voar nos ônibus. Morgan entrou para o corpo de astronautas em 1998.

A missão do Endeavour também está sob a sombra do recente relatório da Nasa que revelou que um astronauta bêbado embarcou numa nave russa e outro quase voou embriagado num ônibus espacial. A agência espacial está investigando o caso e prometeu reforçar a proibição de consumo de álcool nas 12 horas prévias aos lançamentos.

Outro constrangimento para a Nasa foi a revelação de que um componente a bordo foi sabotado por um funcionário de uma empresa a serviço da Nasa. O computador, que será levado à Estação Espacial Internacional, já foi consertado, e o caso está sendo investigado.Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa

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