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O tufão Bopha, que matou centenas de pessoas e deixou milhares de desabrigados no sul das Filipinas, voltou a se movimentar na direção do país, disseram meteorologistas neste sábado. O tufão está previsto para chegar ao extremo norte da maior ilha filipina, Luzon, na manhã deste domingo, com rajadas de até 160 quilômetros por hora, de acordo com o serviço de meteorologia estatal.

Em entrevista coletiva, o diretor do escritório de defesa civil do país, Benito Ramos, afirmou que o retorno do Bopha provavelmente causaria chuvas fortes na região. "As pessoas precisam tomar precauções", acrescentou. O olho do fenômeno estava 230 quilômetros a oeste da cidade de Sinait, no norte do país, às 8h GMT (6h de Brasília) e movia-se lentamente rumo ao nordeste, destacou o serviço.

Na terça-feira, o tufão atingiu a costa leste da ilha de Mindanao, no sul das Filipinas, com rajadas de até 210 quilômetros por hora. O Conselho de Gestão Nacional de Redução de Riscos em Desastres (NDRRMC) estimou o número de mortos em 456 e o de desaparecidos em 533. Já a agência de notícias Associated Press relatou que as mortes podem chegar a 593, com cerca de 600 pessoas desaparecidas.

O presidente filipino, Benigno Aquino III, declarou neste sábado estado de calamidade nacional, após a devastação provocada pelo tufão, um movimento que permitirá que o governo acelere os esforços de resgate, socorro e reabilitação e recorra à comunidade internacional para obter assistência.

A declaração de Aquino ocorreu um dia depois que ele visitou Compostela Valley e Davao Oriental, ambas províncias de Mindanao onde o Bopha deixou um rastro de destruição em propriedades e infraestrutura.

A estimativa dos danos causado pelo Bopha à agricultura filipina foi elevada para 8,52 bilhões de pesos filipinos (US$ 208,01 milhões) e pode crescer ainda mais se o fenômeno voltar a causar destruição no país no domingo. A ilha de Luzon, que está na rota do tufão, tem importantes províncias produtoras de milho.

O secretário de Agricultura filipino Proceso Alcala disse em entrevista neste sábado que os piores prejuízos nas províncias de Davao Oriental e Compostela Valley ocorreram nas plantações de banana, com perdas de 5,7 bilhões de pesos filipinos (1 peso filipino = US$ 0,024414). Instalações de irrigação de 1,1 bilhão de pesos filipinos também foram destruídas. Já o dano às plantações de coco equivaleria a 767 milhões de pesos filipinos.

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