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Casa destruída em Borongan, cidade mais prejudicada pela passagem do tufão Hagupit | Erik De Castro/Reuters
Casa destruída em Borongan, cidade mais prejudicada pela passagem do tufão Hagupit| Foto: Erik De Castro/Reuters

Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de um milhão foram deslocadas nas Filipinas pelo Hagupit, que perde força e foi rebaixado de tufão a tempestade tropical enquanto se aproxima de Manila.

Os ventos sustentados de 175 km/h com os quais Hagupit tocou a terra no sábado na cidade de Dolores, em Samar Oriental (centro das Filipinas), se transformaram em ventos de 85 km/h. No entanto, os ventos seguem sendo perigosos, assim como as inundações criadas pelas copiosas precipitações.

"Uma enchente provocada pelas intensas chuvas na cidade de Borongan, em Samar Oriental, deixou 16 mortos", explicou Richard Gordon, presidente da Cruz Vermelha filipina, organização que anunciou o balanço de 23 vítimas mortais.

Embora o Conselho Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres das Filipinas ainda não tenha confirmou esse número, Gordon declarou à rede de televisão local ANC que o balanço de vítimas mortais pode aumentar porque "há muitas zonas que ainda estão isoladas".

"Seguimos percorrendo a zona, mas muitos locais não são de fácil acesso e, como a rede de comunicação foi afetada, não podemos receber informação", explicou o máximo representante da Cruz Vermelha filipina.

As agências governamentais começaram hoje a distribuição de material de ajuda humanitária, enquanto mais de 1,7 mil soldados estão nas estradas na ilha de Samar, onde o vento destruiu vários lares e derrubou árvores.

Em Manila, autoridades e residentes continuam com os preparativos para receber a tempestade que, segundo a Agência Meteorológica das Filipinas, avança a 15 km/h com ventos sustentados de 85 km/h e rajadas de até 100 km/h.

Foram evacuados pessoas que moram em zonas próximas à costa de Manila, que inundam frequentemente, as aulas foram suspensas hoje e amanhã, e os escritórios governamentais fecharam.

Além disso, o sistema de transporte público ferroviário encerrou os serviço hoje antes da hora habitual, enquanto as empresas reduziram a jornada de trabalho para que as pessoas pudessem voltar para seus lares antes da chegada do Hagupit.

Manila, que está com um nível de alerta 2 de um máximo de 4, é uma das cidades com maior densidade de população do mundo (12 milhões de pessoas), o que, unido ao mau estado das infraestruturas, acarreta em graves inundações várias vezes ao ano.

À parte de informações pontuais sobre alguns estragos ocasionados pelo tufão, o governo filipino ainda não publicou um relatório oficial sobre o total dos danos, mas assegura que a princípio os preparativos parecem ter dado resultado.

"Desta vez, as autoridades locais se prepararam muito melhor do que antes do Haiyan no ano passado, as pessoas deixaram suas casas voluntariamente e isso, por enquanto, parece que deu bons resultados", indicou no domingo o porta-voz da presidência, Edwin Lacierda.

Austrália, Japão, Estados Unidos, Indonésia, Tailândia, Reino Unido, China, Malásia, Cingapura, Canadá e Brunei se ofereceram para ajudar na recuperação das zonas afetadas.

Segundo previsões da ONU, mais de 30 milhões de filipinos serão afetados pelos fortes ventos, chuvas, inundações e aumentos do nível do mar causados por Hagupit.

Entre 15 e 20 tufões passa a cada ano pelas Filipinas durante a temporada chuvosa que, geralmente, começa em junho e termina em novembro.

No ano passado, o Haiyan, um dos tufões mais potentes da história, causou 6,3 mil mortes, deixou mais de mil desaparecidos ea afetou 14 milhões de pessoas.

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