Um partido islamita tunisiano proscrito por mais de 20 anos foi legalizado nesta terça-feira (1). O Ennahdha, considerado um grupo terrorista pelo deposto presidente tunisiano, mas visto como moderado por acadêmicos, retornou à cena política desde o levante popular que forçou a renúncia do autocrático líder Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.

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Os integrantes do Ennahdha querem que o Islã faça parte da política do país, mas não pediram explicitamente qualquer lei específica que imponha práticas islâmicas. Ainda assim, seu ativismo lança temores de que o extremismo pode estar crescendo na Tunísia, país de aparência ocidental onde as mulheres têm amplas liberdades, os lenços de cabeça muçulmanos são proibidos em prédios públicos e o aborto, um tabu na maioria das sociedades muçulmanas, é legalizado.

O partido pediu legalização um mês atrás e a recebeu hoje, disse o porta-voz Abdallah Zouari, que chamou a autorização de um "passo em favor da revolução tunisiana". Segundo ele, o partido vai se concentrar na reconstrução e na eleição de um novo líder para se preparar para as eleições. As informações são da Associated Press.

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