Os tunisianos foram convocados nesta sexta-feira para uma greve geral em protesto pela morte do político opositor Chukri Bel Aid, assassinado a tiros na última quarta, enquanto continua a incerteza sobre a formação de um novo Governo.
A União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT) se uniu ontem à convocação feita pelos principais partidos da oposição para uma greve geral coincidindo com o enterro de Bel Aid, considerado o primeiro assassinado político da transição tunisiana.
O principal sindicato do país acusou o Governo de "propagar a violência política e social" no país e convocou todas as formações a unirem-se ao cortejo fúnebre nesta sexta-feira.
Por outro lado, o ministro do Interior, Ali Laridi, pediu calma e assegurou através da televisão pública que a Polícia está em estado de alerta.
Desde quarta-feira estão sendo realizados vários protestos em mais de uma dezena de cidades em todo o país, incluindo a capital, Túnis. Em muitos deles os protestos derivaram em enfrentamentos entre policiais e manifestantes.
Cerca de 50 deputados opositores anunciaram ontem que suspendiam temporariamente sua representação e se retiravam da sessão extraordinária que era realizada pela Assembleia Nacional Constituinte, convocada para discutir a crise suscitada após a morte de Bel Aid.
Enquanto isso, o comitê executivo do principal partido da aliança governista, o Al-Nahda, continua suas deliberações após demonstrar sua rejeição à proposta do primeiro-ministro Hamadi Jabali (membro do Al-Nahda) de formar um Governo de tecnocratas a fim de realizar eleições o mais rápido possível.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi
-
Comandante do Exército pede fé nos princípios democráticos e na solidariedade do povo
Deixe sua opinião