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A maior parte dos 99 turistas brasileiros e pelo menos 1,8 mil estrangeiros – em sua maioria canadenses, americanos e europeus – já conseguiu sair das ci­­dades chilenas de Puerto Na­­tales e Punta Arenas, localizadas no Estreito de Magalhães, ambas a mais de 3 mil km de distância da capital, Santiago.

Porém, de acordo com o Ita­­maraty – órgão responsável pe­­las relações exteriores do Brasil – ainda há brasileiros tanto na cidade de Punta Arenas quanto em municípios como Torre de Paines e Porvenir, todas localizadas na região do Estreito. Por conta de um protesto contra o aumento do gás natural na re­­gião, os turistas estrangeiros fo­­ram utilizados como moeda de troca pelos manifestantes chilenos, desde o começo da semana passada.

Na sexta-feira, o governo brasileiro chegou a cogitar a realização de um resgate por conta própria, utilizando para o salvamento um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB). Mas operação teve que ser suspensa pelo governo brasileiro, após um novo desentendimento entre os manifestantes e o governo chileno. Sem condições de enviar uma força de resgate ao país, quem acabou se encarregando do transporte dos brasileiros e dos demais turistas internacionais de outras cidades até Porto Are­­nas foi a Força Aérea do Chi­­le. A operação foi realizada durante o fim de semana.

O Itamaraty diz que não há como saber, ao certo, quantos ainda restam para sair. "Não te­­mos controle de todos os retornos", revelou a assessoria do ór­­gão, por telefone, à reportagem da Gazeta do Povo.

O governo chileno, por sua vez, reclamou da falta de auxílio e comprometimento brasileiro no resgate. "O próprio Chile mostrou mui­­to mais iniciativa em resolver o problema dos brasileiros do que o governo do Brasil", avalia Rafael Pons Reis, professor do curso de Relações Inter­­nacionais do UniCuritiba. Para o professor, faltou mobilização por parte do governo brasileiro, mais inclinado a repassar informações do que agir.

Segurança

A vice-cônsul do Brasil no Chile, Leticia Meireles, disse em entrevista que existem algumas indicações de que a maioria já conseguiu sair da conturbada região. "Durante o fim de semana e an­­tes disso, recebi diversas ligações de brasileiros reclamando que não estavam conseguindo retornar ao Brasil. Nas últimas horas, esses chamados cessaram", apontou a vice-cônsul.

"Não há registro de violência. Nenhum brasileiro nos procurou dizendo que foram agredidos pelos manifestantes", afirmou Meireles.

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