Turquia bombardeia posições curdas

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Ancara – A Turquia bombardeou ontem locais onde estariam insurgentes curdos, em uma região fronteiriça com o Iraque. Anteriormente, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, havia confirmado a intenção de lançar uma incursão contra os supostos esconderijos rebeldes.

Militares turcos bloquearam rotas de acesso para o Iraque. Aeronaves F-16 e F-14 e helicópteros Cobra lançaram bombas em supostos esconderijos.

Também ontem, o governo turco anunciou a detenção de 20 supostos rebeldes curdos na fronteira. Movimentos de tanques em direção à fronteira já começaram para auxiliar nas operações contra os rebeldes. Erdogan afirmou que enviará uma proposta para que o Parlamento vote uma possível autorização de tal ação.

Ontem, um policial foi morto e sete pessoas ficaram feridas quando um veículo da polícia explodiu no sudoeste do país. A identidade dos militantes não foi divulgada, mas autoridades afirmaram que o ataque foi realizado por separatistas curdos.

Nos últimos dez dias, mais de 20 pessoas — entre soldados e civis — foram mortos no sudoeste da Turquia em ataques promovidos pelos rebeldes do PKK, grupo considerado terrorista pelos EUA e a União Européia.

No último domingo, um ataque matou 13 soldados perto da fronteira com o Iraque. Na segunda-feira, mais dois soldados morreram quando rebeldes do PKK emboscaram seus veículos, na Província de Sirnak. Na semana anterior, 12 pessoas, incluindo guardas de um vilarejo, morreram quando rebeldes do PKK interceptaram seu veículo na mesma Província.

O governo turco culpa os rebeldes pela morte de mais de 30 mil pessoas desde que o grupo começou sua campanha armada.

Erdogan declarou que seu governo provavelmente pedirá hoje autorização ao parlamento para uma possível incursão no norte do Iraque.

Os Estados Unidos advertiram o governante para não entrar no território iraquiano perseguindo separatistas curdos. "Pensamos que não é bom a entrada de tropas turcas no Iraque neste momento", disse a porta-voz da Casa Branca Dana Perino.

A Turquia alega que o PKK circula livremente no norte do Iraque, onde obtém armas e explosivos.