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Vídeo | Reprodução RPC TV
Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Imagens da princesa Diana, gravadas horas antes de sua morte num acidente de carro, dez anos atrás, foram mostradas nesta quarta-feira (3) ao júri durante a investigação judicial sobre o caso, e divulgadas pela rede de TV CNN, que diz se tratar de imagens inéditas.

O vídeo, gravado por câmeras de segurança do hotel Ritz, mostra Diana e seu namorado Dodi al-Fayed, no hall e no elevador do hotel, em Paris, no dia 30 de agosto de 1997. Ela aparece sorrindo e se encaminhando para a saída do hotel.

O segurança Trevor Rees-Jones (à esq.) se assusta com flash de fotógrafo ao lado do motorista Henri Paul.

Outras cenas do vídeo mostram Al-Fayed visitando a joalheria do hotel, o que apóia a tese de que ele teria comprado um anel de noivado para Diana. Gravidez

Um juiz de instrução britânico reconheceu nesta quarta-feira (3) que nunca se saberá com certeza se Diana de Gales, de 36 anos, estava grávida de seu namorado na época em que o casal morreu.

No segundo dia da investigação judicial sobre o acidente, o juiz Scott Baker disse aos 11 membros do júri que as provas científicas não poderão demonstrar se a mãe dos príncipes Harry e William estava nos primeiros meses de uma nova gravidez.

O juiz revelou que havia, no entanto, provas de que a princesa tomava pílula anticoncepcional e afirmou que existiam certas notícias contraditórias sobre um possível noivado com Dodi al-Fayed, filho do proprietário das lojas de departamentos Harrod's, na noite do acidente.

O juiz instrutor disse que a questão da possível gravidez de Diana é muito relevante para estabelecer a verdade sobre o ocorrido.

Em primeiro lugar, porque "a gravidez ou suposta gravidez teria sido o motivo - ou parte do motivo - para matar Diana", explicou Baker às seis mulheres e cinco homens que integram o júri.

Em segundo lugar, o corpo da princesa foi embalsamado pelos franceses, o que teria servido para tentar ocultar uma gravidez, acrescentou.

O juiz lembrou que não foi realizado nenhum exame de gravidez em Diana no hospital de Paris, para onde foi levada imediatamente após o acidente, porque não parecia então que houvesse motivos para isso.

Foi realizada uma autópsia, sem que fossem encontradas provas da suposta gravidez.

Baker anunciou ao júri que escutarão explicações sobre até que ponto uma autópsia pode detectar sinais físicos de uma gravidez inicial e também serão apresentadas provas de que a princesa tomava a pílula.

O começo da investigação judicial, que pode durar mais de seis meses, serviu para que a imprensa britânica publicasse nesta quarta-feira várias fotos inéditas tiradas pelos paparazzi do casal, do motorista e do guarda-costas, o único que se salvou, pouco antes do acidente ocorrido na madrugada de 31 de agosto de 1997.

Em uma das fotos, o motorista aparece olhando assustado para o fotógrafo enquanto, a seu lado, o guarda-costas do casal, Trevor Rees, esconde o rosto com o pára-sol.

Outras fotos mostram um grupo de paparazzi franceses que rodeiam o Mercedes em que Diana e Dodi viajavam momentos depois de o veículo se chocar contra a parede do túnel da ponte Alma.

Ex-mordomo

Baker informou ao júri que convocaria o ex-mordomo da princesa, Paul Burrell, para depor pessoalmente sobre alguns pontos nos quais há divergências.

O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, se diz convencido de que Diana foi assassinada por agentes do MI6 (serviço secreto britânico) por ordens do duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II, para evitar que a princesa se casasse com seu filho.

O empresário de origem egípcia afirma que as provas que indicam elevados níveis alcoólicos no sangue do motorista, Henri Paul, que também morreu no acidente, foram falsificadas.

Segundo Al-Fayed, os serviços secretos estavam fazendo escutas telefônicas das conversas de Diana, e dessa forma ficaram sabendo que ela estava grávida.

Sobre as imagens

Fotografias nunca mostradas publicamente envolvendo a princesa Diana, foram divulgadas nesta terça-feira (2) durante a investigação judicial sobre o acidente que levou a sua morte há pouco mais de dez anos.

Algumas das imagens mostram a princesa de Gales dentro do carro, minutos antes da colisão no túnel D´Alma, em Paris. Em uma das fotos (feita por um papparazzo francês) ela está olhando para trás, possivelmente checando se o motorista havia despistado os fotógrafos. Na mesma imagem seu guarda-costa, Trevor Rees-Jones, levanta a mão para se proteger dos flashes das câmeras. Também há fotografias novas da Mercedez destruída após a colisão.

Na sessão desta terça-feira, os 11 membros do júri examinaram todas as provas apresentadas durante a investigação, prevista para durar seis meses.

Eles foram selecionados de uma lista inicial de 200 pessoas, que tiveram que responder a uma série de perguntas para saber se tinham algum preconceito ou vínculo com o caso que lhes impedisse de ser imparciais durante a investigação.

Para o juiz Baker, a investigação deve pôr fim à dúvida de se o casal foi apenas vítima de um trágico acidente de trânsito ou de uma conspiração dos serviços secretos, como acredita Mohamed al-Fayed, pai de Dodi e dono das lojas de departamento Harrods.

Os príncipes William e Harry, filhos de Diana disseram há alguns meses que esperam que a investigação judicial seja rápida.

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