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Os ucranianos, castigados pela recessão e desilusão das promessas não cumpridas de reformas, foram às urnas neste domingo para a primeira eleição presidencial desde a Revolução Laranja de 2004. O resultado do pleito pode tirar o país do rumo pró-Ocidente e fortalecer os laços com a Rússia.

Informes de irregularidades na votação pipocaram através do país e o Ministério do Interior disse que recebeu cerca de 1.200 denúncias detalhando registros de votos falsificados e a votação ilegal de eleitores ausentes. Todos os principais candidatos acusaram uns aos outros de tentar fraudar a eleição. Os analistas estimam que até 10% dos votos podem ser fraudulentos.

As pesquisas de opinião mostram que o ex-primeiro-ministro Viktor Yanukovych - um político pró-Rússia - lidera a corrida presidencial, com apoio de cerca de um terço do eleitorado. A atual primeira-ministra, Yulia Tymoshenko, uma líder da Revolução Laranja que no ano passado buscou apoio do Kremlin, ficará em segundo lugar, de acordo com as pesquisas.

O presidente Viktor Yushchenko, que alcançou o poder em meio aos protestos de 2004, está fora da disputa, com uma baixa taxa de aprovação. Embora ele tenha buscado construir uma ponte com o Ocidente e reduzir a influência da Rússia na Ucrânia, suas promessas de integração europeia e crescimento econômico não foram cumpridas. Muitos eleitores culpam Yushchenko por ter falhado em proteger a Ucrânia da crise financeira global, que foi a mais atingida entre os países europeus.

Os resultados das pesquisas de boca-de-urna deverão ser divulgadas ainda hoje, mas a Comissão Central de Eleição disse que a contagem total de votos deve se prolongar até 27 de janeiro. Se, como se espera, nenhum candidato obter mais de 50% dos votos hoje, será realizado um segundo turno entre os dois primeiros colocados.

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