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Sírios desembarcam na Grécia: país é uma porta de entrada para imigrantes ilegais na Europa. | Yannis Kolesidis / EFE
Sírios desembarcam na Grécia: país é uma porta de entrada para imigrantes ilegais na Europa.| Foto: Yannis Kolesidis / EFE

A União Europeia (UE) aprovou ontem a realização de uma missão naval para conter quadrilhas de contrabando de imigrantes provenientes da Líbia, em meio a uma polêmica sobre a proposta de estabelecer cotas entre os países do bloco para os que buscam asilo.

A morte de milhares de pessoas no mar, incluindo o afogamento de até 900 em um único navio no Mediterrâneo no mês passado, exigiu uma resposta mais firme por parte dos governos europeus. Enquanto debate um financiamento maior para as operações de resgate, a UE está dividida sobre como agir neste momento, em que partidos anti-imigrantes ganham apoio em alguns países.

“Este é apenas o começo. Agora o planejamento começa”, disse a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, sobre a missão naval, acrescentando que a operação pode começar no próximo mês.

A UE quer prender os contrabandistas e destruir seus barcos ao largo da costa da Líbia para combater a crescente imigração de pessoas que fogem da guerra e da pobreza na África e no Oriente Médio. Alguns países da UE, no entanto, querem autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para operar perto da costa da Líbia, que vive uma situação caótica desde que potências ocidentais apoiaram a revolta que derrubou Muamar Kadafi, em 2011.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, apoiou a iniciativa. Segundo ele, há indícios da presença de militantes do grupo radical Estado Islâmico “tentando se esconder, se misturando entre os imigrantes” a fim de chegar à Europa.

Pelo menos 51 mil imigrantes entraram na Europa neste ano atravessando o Mar Mediterrâneo. Pelo menos 30,5 mil chegaram via Itália. Cerca de 1,8 mil se afogaram na tentativa de chegar à Europa, diz a agência de refugiados da ONU.

Como parte de sua estratégia para imigração, a Comissão Europeia revelou na semana passada um plano para aceitar 20 mil refugiados ao longo dos próximos dois anos, uma resposta à situação de emergência.

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