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Presidente Putin promete responder à sanções ocidentais com a suspensão da importação de produtos pecuários e agrícolas | SERGEI CHIRIKOV/EFE
Presidente Putin promete responder à sanções ocidentais com a suspensão da importação de produtos pecuários e agrícolas| Foto: SERGEI CHIRIKOV/EFE

A União Europeia oficializou nesta segunda (22) a extensão das sanções que afetam a Rússia desde julho de 2014 até 31 de janeiro do ano que vem.

O objetivo é pressionar o governo de Moscou a agir para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia, no qual rebeldes vêm recebendo apoio militar do Kremlin. Apesar de um acordo de cessar-fogo assinado em fevereiro, o conflito -- que já deixou 6.400 mortos -- persiste na região.

As sanções limitam o acesso da Rússia a mercados financeiros e suspendem parte dos acordos e das trocas entre União Europeia e governo russo nas áreas de energia e defesa.

O enfraquecimento da economia russa nos últimos meses é devido, em parte, à presença dessas sanções, assim como a sanções americanas e à queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Segundo o ministro das Relações Exteriores alemão, a extensão das sanções foi decidida de forma unânime.

Retaliação

Em reposta, a Rússia deve estender a suspensão de importação de alguns produtos agrícolas e pecuários -- que chegam a contabilizar US$ 9 bilhões -- da Europa, dos EUA, do Canadá, da Austrália e da Noruega, que terminaria no dia 8 de agosto.

“Vamos agir com base no princípio da reciprocidade”, disse Dimitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada, comentando sobre a possibilidade da Europa estender as sanções ao país.

Nesta segunda (22), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia lançou um comunicado em que lamenta a decisão europeia, que teria sido impulsionada por um “lobby russofóbico”. “A decisão de Bruxelas resultará em centenas de milhares ou, segundo algumas estimativas, milhões de europeus desempregados.”

Segundo o ministério, é equivocado tomar a Rússia como totalmente responsável pela implementação de um acordo de paz na Ucrânia. Esse papel, argumenta a pasta, está nas mãos do governo de Kiev.

“É especialmente cínico que essa decisão [da UE] tenha sido tomada em 22 de junho, dia em que a Alemanha nazista invadiu a União Soviética na Segunda Guerra Mundial”, aponta o comunicado.

As sanções foram decididas em julho do ano passado e reforçadas no mês de setembro. Elas deveriam expirar em julho deste ano.

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