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A União Europeia manifestou sua preocupação nesta sexta-feira (2) com a decisão da Suprema Corte de Israel de desviar a rota do muro de separação, o que ameaça isolar a cidade de Al-Walajah, perto de Belém, na Cisjordânia.

As missões da UE em Jerusalém e Ramallah indicaram em um comunicado sua "profunda inquietação sobre o impacto humanitário e as implicações políticas da rota do muro de separação entre Jerusalém e Belém".

"As missões da UE reafirmam que a barreira é ilegal nos termos do direito internacional, pois divide territórios ocupados", acrescentou o comunicado.

Os moradores de Al-Walajah pediram à Suprema Corte a modificação do itinerário da "barreira de segurança", para Israel, ou "muro do apartheid", para os palestinos, que segundo estes vai isolar completamente a cidade, separando-os de Belém e do leste de Jerusalém. Além disso, um terço das terras agrícolas serão anexadas ao lado israelense. A mais alta instância judiciária de Israel recusou o recurso na segunda-feira e justificou que havia risco à segurança em Jerusalém devido à possibilidade de infiltrações de ativistas palestinos na cidade.

A construção do muro israelense, que invade a Cisjordânia, começou em 2002 sob a alegação de perigo de atentados palestinos.

Já foram concluídos mais de 400 dos 700 km previstos do muro de concreto protegido por arame farpado, fossas e portões eletrônicos equipados com câmeras.

Em um parecer do dia 9 de julho de 2004 o Tribunal de Justiça Internacional julgou a construção ilegal e exigiu sua destruição, ordem seguida pela Assembleia Geral da ONU.

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