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A União Europeia (UE) suspendeu nesta segunda-feira (23) suas visitas oficiais à Tailândia e a de representantes tailandeses a Bruxelas até que seja restaurada a ordem democrática no país e pediu à cúpula militar que convoque "urgentemente" eleições "críveis e inclusivas".

"Neste contexto, a UE se vê obrigada a reconsiderar seu compromisso e as visitas oficiais rumo e desde a Tailândia foram suspensas", segundo as conclusões estipuladas nesta segunda-feira pelos ministros das Relações Exteriores dos vinte E oito.

Além disso, os responsáveis comunitários e os nacionais se comprometeram a não assinar o acordo de associação e cooperação entre a União e Tailândia "até que se constitua um governo eleito democraticamente" e avisaram que outros acordos com o país "em seu caso, serão afetados".

Os vinte E oito também indicaram que estão "revisando" sua cooperação militar com o país asiático.

Os ministros das Relações Exteriores fizeram uma chamada à cúpula militar que tomou o poder na Tailândia após o golpe de Estado de 22 de maio para "restaurar, com caráter de urgência, o processo democrático legítimo e da Constituição, através de eleições críveis e inclusivas".

Neste sentido, os ministros disseram que o roteiro anunciado pelas autoridades militares que preveem destinar mais de um ano para reformar o sistema político e redigir uma nova Constituição antes de convocar eleições "é curta" para conseguir "a volta de uma ordem constitucional que a situação requer".

"Só um roteiro rápido e crível para o retorno à ordem constitucional e à realização de eleições críveis e inclusivas permitirá manter o apoio da UE", advertiram os vinte E oito.

"O Conselho decidiu que a UE manterá suas relações com Tailândia em revisão e que considerará tomar outras possíveis medidas (contra o país), em função das circunstâncias", acrescentaram.

O Conselho das Relações Exteriores pediu também a todas as partes que mantenham uma "máxima moderação" e que respeitem os direitos humanos e as liberdades fundamentais.

Além disso, os parceiros comunitários pediram que as autoridades militares liberem todos os presos políticos e que se abstenham de realizar mais detenções por razões políticas, assim como a pôr fim à censura.

Cerca de 511 pessoas, em sua maioria políticos, jornalistas e ativistas próximos ao governo deposto, foram detidos pela junta militar, embora a maioria tenha sido colocada em liberdade passado vários dias.

A Tailândia vive uma grave crise política desde o levante em 2006 contra Thaksin Shinawatra, que vive no exílio para evitar uma condenação de dois anos de prisão por corrupção e a quem seus opositores acusavam de dirigir o Executivo desde a distância.

Thaksin e seus aliados ganharam todas as entrevistas eleitorais desde 2001, mas contam com a oposição de importantes setores da hierarquia militar, assim como de grande parte das classes média e o eleitorado do sul.

Os militares tailandeses protagonizaram 19 tentativas golpistas, das quais consumaram 12 com sucesso, desde o fim da monarquia absoluta em 1932.

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