Pelo menos seis pessoas morreram e 17 ficaram feridas após a explosão de um carro bomba, próximo a uma mesquita xiita, na localidade de Al Musayeb, no Sul de Bagdá. A explosão foi próxima de um vilarejo xiita e foi o mais recente de uma série de ataques que lança um alerta contra uma guerra civil no Iraque.
O comandante da Policía, Salam Jataba, afirmou que a explosão foi acionada por um controle remoto. Ele descartou ainda a possibilidade de um ataque suicida. As vítimas foi levadas para o hospital de Al Musayeb e de Hillah.
Duas horas mais cedo, o poderoso líder xiita Abdul Aziz al-Hakim pediu aos seus seguidores que resistissem contra o que ele chamou de campanha do al Qaeda para começar uma guerra civil. Ele teria dado o exemplo do atentado da última sexta-feira, que feriu mais de 70 pessoas.
Nesta sexta-feira, em um atentado parecido contra outra mesquita xiïta de Bagdá, 71 pessoas perderam a vida quando três homens-bomba, entre eles uma mulher, acionaram os explosivos no momento em que os fiéis saiam da mesquita.O ataque suicida triplo na mesquita de Buratha, o maior ataque suicida contra um alvo xiita desde novembro de 2005, renovou os temores de um conflito civil, enquanto Estados Unidos, Inglaterra e a ONU pedem a unidade iraquiana.
Na quinta-feira, um carro-bomba perto de um dos mais sagrados santuários xiitas do mundo matou pelo menos 15 pessoas na cidade de Najaf.
O discurso de Hakim, feito no aniversário da morte por execução do alto clérigo xiita Muhammad Baqir al-Sadr e sua irmã por Saddam Hussein, pediu união entre as principais comunidades xiitas, curdas e sunitas do Iraque.
Mas ele também lembrou à maioria xiita das décadas de sofrimento sob o regime sunita de Saddam e pediu que resistissem às tentativas do líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, de afundar o país em uma guerra civil.
- Militantes e insurgentes sunitas querem que o Iraque volte à fórmula de Saddam - disse Hakim, líder do Conselho Supremo pró-Iraniano para a Revolução Islâmica no Iraque, um partido da Aliança Xiita.
A tensão sectária tem aumentado desde o atentado contra um santuário xiita no dia 22 de fevereiro, que provocou represálias e colocou o Iraque na iminência de uma guerra civil.
Centenas de corpos de pessoas mortas a tiros ou estranguladas têm aparecido nas ruas de Bagdá amarrados, com os olhos vendados e mostrando sinais de tortura.
Os últimos atentados oferecem mais provas da incapacidade dos líderes iraquianos de conter a violência enquanto lutam para formar um governo.
A Aliança de Hakim está sob forte pressão para substituir Ibrahim al-Jaafari como primeiro-ministro e encerrar o impasse para a formação do primeiro governo pós-guerra no Iraque.
Mas Jaafari, que é o atual primeiro-ministro, se recusa a renunciar apesar dos pedidos de líderes sunitas e curdos, e mesmo entre os próprios membros da Aliança, que dizem que ele fracassou no cargo.
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