Confira os principais episódios da crise do gás na Bolívia desde 2003:
Outubro de 2003 Carlos Mesa, que foi vice de Gonzalo Sánchez de Lozada, assume a Presidência da Bolívia. A saída de Lozada ocorreu após uma profunda crise política. Vários setores começam a criticar a exportação de gás.
Julho de 2004 67% aprovam em plebiscito a proposta de Mesa para aumentar os royalties pagos pelas multinacionais que exploram gás de 18% para 50%.
Março de 2005 No dia 6, Mesa renuncia. Um dos motivos de sua saída foram os desentendimentos sobre o controles dos recursos naturais na Bolívia. Dois dias depois, o Congresso rejeita o pedido de renúncia de Mesa.
Junho de 2005 Mais uma vez, Mesa renuncia. O presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez, assume a Presidência e promete convocar novas eleições. O fim das manifestações é anunciada pelo líder cocaleiro, Evo Morales.
Fim de junho de 2005 A Bolívia adota a Lei de Hidrocarbonetos, promulgada 30 dias antes. A taxa pela exploração é estabelecida em 18% e o país define um novo tributo de 32% para as 12 multinacionais do petróleo.
Setembro de 2005 Funcionários públicos de Santa Cruz e Cochabamba dão início a uma greve de fome para protestar pela melhor distribuição dos tributos recolhidos pelo governo das multinacionais do petróleo que atuam no país.
Maio de 2006 Eleito presidente em dezembro de 2005, Evo Morales decreta a nacionalização do setor de hidrocarbonetos e aumenta temporariamente a tributação dos megacampos operados pela Petrobrás de 50% para 82%.
Outubro de 2006 A Petrobrás assina novo contrato com tributação menor que 82%, mas contendo um anexo "duro" sobre procedimentos contábeis.
Novembro de 2006 Bolívia estende a tributação de 82% até que os novos contratos entrem em vigor. Petrobrás descobre que foi a única a ter assinado versão "dura" e pede equiparação com as demais. YPFB cede, mas se equivoca e envia a versão anterior do contrato.
Janeiro de 2007 Estatal boliviana descobre o erro, paralisa a protocolação em cartório e informa a Petrobrás.
Fevereiro de 2007 Após reuniões com a YPFB, Petrobrás aceita contrato "duro" aprovado pelo Congresso.
Maio de 2007 Entram em vigor os 44 novos contratos firmados entre a Bolívia e 12 multinacionais petrolíferas, documentos que consolidam a nacionalização do setor.
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