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Curitiba — "As metas serviram para o governo, estados e sociedade olharem para alguns indicadores e pensarem como poderiam melhorá-los". A frase da professora de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e estudiosa dos indicadores sociais brasileiros, Rosane Mendonça, ajuda a notar que, apesar da boa intenção, nem só acertos caracterizam a caminhada brasileira em busca das Metas do Milênio.

Mas o país que, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), perdeu 2,6 milhões de hectares de mata na Amazônia entre 2003 e 2004, conseguiu reduzir o ritmo da devastação pela metade nos últimos meses. A mesma nação que vê suas crianças terminando a quarta série como analfabetas funcionais, está próxima de universalizar as matrículas no ensino fundamental.

No país de contrastes, as iniciativas contam. O governo federal, com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento, conseguiu frear as queimadas na Amazônia. A Pastoral da Criança, que acompanha mensalmente 1.817.149 crianças mensalmente, reduziu os índices de mortalidade infantil de 50 a cada mil nascidos para cerca de 14 por mil nas áreas atendidas.

As boas idéias tendem a ganhar abrangência maior. É o caso do Programa Bom aluno, iniciado pela BS Colway em Curitiba e que hoje abrange sete cidades brasileiras, tendo feito 35 alunos carentes completarem o ensino superior. É onde quer chegar o estudante de Biotecnologia e Engenharia Elétrica, Carlos Henrique de Paula, que se destacou em um colégio estadual, foi disputado por escolas particulares, venceu uma olimpíada de física, fala inglês fluentemente e serve de exemplos para estudantes do seu bairro, a Cidade Industrial de Curitiba. (GV)

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