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Theodore Kaczynski, o Unabomber, que semeou o terror com cartas-bombas que mataram três pessoas entre 1978 e 1995, iniciou uma batalha legal para impedir o leilão pela internet de suas cartas e documentos.

Segundo o jornal The New York Times, o Governo federal deseja vender o material, depois de editado, para arrecadar dinheiro e indenizar quatro de suas vítimas. Além das três mortes, as 16 cartas-bombas enviadas por Unabomber feriram 28 pessoas.

Os documentos, escritos à mão, incluem notas cifradas, idéias, diários e minutas de seu manifesto contra a tecnologia, segundo o jornal. Também contêm comentários sobre o sofrimento de suas vítimas e de seus parentes. Além das três mortes, as 16 cartas enviadas pelo Unabomber causaram ferimentos em 28 pessoas.

Num recurso apresentado nos tribunais, também escrito à mão, Unabomber afirma que o Governo não tem direito de propriedade sobre seus materiais. Acrescenta que sua intenção é preservar a sua forma original para que o público possa ler. Os documentos figuram entre os objetos confiscados na sua cabana, numa remota região do estado de Montana, após a sua detenção, em 1996.

O New York Times disse que, inicialmente, quatro vítimas de Kaczynski se mostraram reticentes em relação ao leilão. Elas temiam que a venda gerasse mais fama para Unabomber e mais publicidade para a dor que sofreram. Mas outras foram contra a possibilidade de Kaczynski manter os direitos sobre os escritos.

O jornal citou declarações de Gary Wright, uma das vítimas dos ataques. Ele contou como foi difícil chegar a uma opinião de consenso, "quando as pessoas sofreram de forma diferente e se encontram em períodos distintos de cura".

Kaczynski, de 64 anos, recebeu o apelido de Unabomber porque entre seus alvos estavam linhas aéreas e universidades. Com sua campanha de cartas-bombas, que durou 18 anos, o terrorista tinha a intenção de deter o avanço da tecnologia. Entre suas vítimas havia professores universitários, cientistas e executivos.

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