A União Africana (UA) suspendeu Madagáscar hoje, depois de qualificar como golpe a tomada de poder por um político de oposição apoiado pelo Exército da nação insular. A decisão da UA vem à tona um dia depois de a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral ter anunciado que não dará legitimidade ao novo líder madagascarense, Andry Rajoelina.
Ontem, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral pediu ainda que a UA e o restante da comunidade internacional não reconhecessem Rajoelina como presidente e exigiu "o retorno às ordens constitucional e democrática no menor prazo possível".
Hoje, o Conselho de Paz e Segurança da UA deu seis meses para que Madagáscar restaure a ordem constitucional, provavelmente por meio de eleições, disse Bruno Nongoma Zidouemba, presidente temporário da segunda instância mais importante da entidade. Caso isso não ocorra, a UA analisará a possibilidade de impor sanções aos novos líderes de Madagáscar, prosseguiu Zidouemba em conversa com jornalistas.
Depois de meses de protestos de rua liderados por Rajoelina, o presidente Marc Ravalomanana renunciou ao cargo na terça-feira e entregou o poder aos militares. Horas depois, o Exército anunciou Rajoelina como novo presidente madagascarense.
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