Presidente deposto do Mali passa bem, diz líder golpista
O capitão Amadou Sanogo, líder do golpe militar na República do Mali, na África Ocidental, informou nesta sexta-feira (23) que o presidente deposto está bem e que os ministros detidos pelos golpistas vão ser entregues à Justiça do país. Ele assegurou que não querer ficar no poder, quer apenas "salvar o país"
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A União Africana (UA) suspendeu temporariamente nesta sexta-feira (23) a associação de Mali ao bloco em protesto ao golpe de Estado de militares, de etnia tuaregue, que depuseram o presidente Amadou Toumani Toure, que liderava o país desde 2002. Após a tomada do controle do país, os soldados rebeldes anunciaram a dissolução de todas as instituições do Estado e argumentaram estarem protegendo a integridade nacional de insurgentes separatistas.
"O Conselho de Segurança e Paz decidiu que Mali deve ser o suspenso temporariamente de qualquer participação em atividades do órgão até que a efetiva restauração da ordem constitucional do país seja alcançada."
A UA também afirmou que recebeu informações de que Toure está a salvo e ainda em Mali, protegido por partidários, não muito longe da capital e sede política Bamako.
"Nós fomos informados que o presidente está a salvo, protegido por um grupo de militares fieis", informou Jean Ping, presidente do Conselho de Segurança e Paz da UA. "O presidente continua em Mali com certeza e recebemos essas garantias dos que estão protegendo ele. O presidente não está longe de Bamako", afirmou.
Mais cedo nesta semana, Amadou Konaré, porta-voz dos soldados rebeldes, disse que o governo de Toure estava sendo incapaz de dar às forças armadas os meios necessários para defender a integridade do território nacional de Mali. Segundo ele, durante semanas militares pediram armas para combater os dissidentes.
A rebelião do norte de Mali já causou dezenas de mortes e forçou a retirada de mais de 200 civis de suas casas na região. O golpe de Estado em Bamako foi conduzido por soldados com patente máxima de capitão. Especialistas temem que a ação pode aumente ainda mais a instabilidade na região do Saara, que luta contra extremistas islâmicos e contra o tráfico de armas praticado desde a queda de Muamar Kadafi na Líbia.
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