Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) pediram nesta segunda-feira (17) que Israel pare a expansão de seus assentamentos em território palestino e lembraram que sua relação com israelenses e palestinos "dependerá" de seu compromisso com uma paz baseada na existência de dois Estados.

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"As ações que questionem os compromissos estabelecidos para uma solução negociada devem ser evitadas", declararam os ministros em conclusões aprovadas durante seu Conselho em Bruxelas.

A chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, informou aos representantes dos 28 membros do bloco de sua recente visita à região nesta reunião.

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Concretamente, os ministros deploraram e se mostraram "firmemente opostos" à recente desapropriação de terras perto de Belém e ao anúncio por parte de Israel de planos para construir novos assentamentos nas áreas de Givat Hamatos, Ramat Shlomo, Har Homa e Ramot.

Também condenaram os planos israelenses de deslocar os beduínos na Cisjordânia assim como as "demolições continuadas" de projetos financiados com fundos comunitários.

"O Conselho urge Israel a reverter estas decisões, que vão contra a lei internacional e ameaçam diretamente a solução dos dois Estados", disseram.

Nessa linha, salientaram que "a recente atividade de assentamentos em Jerusalém Oriental põe em perigo a possibilidade que Jerusalém sirva como a futura capital de ambos Estados", e destacaram que tais assentamentos são "ilegais segundo a lei internacional".

"A UE e seus Estados-membros seguem implicados em garantir a implementação contínua, completa e eficaz da legislação europeia e os acordos bilaterais que se aplicam aos produtos dos assentamentos", indicaram os ministros.

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Além disso, afirmaram que a UE seguirá monitorando de perto a situação e suas "implicações mais amplas", e asseguraram que estão "dispostos a empreender mais ações para proteger a viabilidade da solução dos dois Estados".

Os ministros garantiram estar "gravemente preocupados com a crescente tensão e violência no terreno" e condenaram "todos os ataques terroristas recentes", além de expressar sua preocupação com os "enfrentamentos violentos recorrentes" na Esplanada das Mesquitas.

Também lembraram que a UE está disposta a exercer um "papel-chave" nos esforços internacionais para apoiar um cessar-fogo durável através de, entre outras medidas, a extensão do alcance e mandato de sua missão EUBAM, de assistência fronteiriça na passagem de Rafah, e da EUPOL COPPS, sua missão policial nos territórios palestinos.

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