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O reitor da Universidade do Cairo, no Egito, afirmou nesta sexta-feira (2) que a recente decisão de banir o uso do véu por funcionárias para acabar com a reclamação de estudantes por “comunicação fraca” em sala de aula.

Segundo Gaber Nassar, a medida é para o bem geral a fim de avançar no processo educacional.

Embora a niqab, vestimenta que cobre o corpo da cabeça aos pés, “não seja um fenômeno” entre as professoras, Nassar afirmou nesta sexta-feira que ele quer “curar a doença” antes que isso aconteça.

Clérigos islâmicos e estudantes classificaram a medida como discriminatória, mas Nassar disse que apoia o Grande Mufti do Egito, a maior autoridade religiosa do país. O reitor afirma que o véu é especialmente problemático em cursos de idioma, pois o tecido atrapalha a comunicação entre professores e alunos — o que resulta em notas baixas e dificuldade de enunciação.

Principal instituição de ensino do Egito, a Universidade do Cairo já foi ponto de protestos contra intolerância religiosa no país. O atual presidente Abdel Fattah al-Sisi chegou ao poder em 2013 após depor Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, grupo que al-Sisi considera como grave ameaça à segurança nacional. Desde então, o chefe de Estado busca endurecer as leis para muçulmanos e é conhecido pela forte repressão da oposição de movimentos políticos islamitas.

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