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Transferência de presos de Guantánamo para o Uruguai foi adiada por meses devido a obstáculos impostos pelo Congresso americano | Bob Strong/Reuters
Transferência de presos de Guantánamo para o Uruguai foi adiada por meses devido a obstáculos impostos pelo Congresso americano| Foto: Bob Strong/Reuters

136 presos ainda permanecem na prisão militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba. Este é o número mais baixo de detentos na prisão desde 2002, um ano após ser aberta por George W. Bush, depois dos ataques de 11 de setembro. Desde que assumiu a presidência, Barack Obama vem tentando fechar o centro de dentenção.

Seis homens detidos por mais de uma década na prisão militar norte-americana na Baía de Guantánamo, em Cuba, foram transferidos ontem para o Uruguai, disse o Pentágono, no mais recente passo de um esforço lento da administração Obama para fechar o centro de detenção.

A liberação de quatro sírios, um tunísio e um palestino, que foram levados para a América do Sul a bordo de um avião militar norte-americano, representa o maior grupo a deixar o campo de detenção dos EUA desde 2009.

O presidente Barack Obama assumiu o cargo há quase seis anos prometendo fechar a prisão, citando seus danos à imagem dos EUA em todo o mundo. Mas ele não foi capaz de fazê-lo, em parte por causa dos obstáculos impostos pelo Congresso americano. A transferência para o Uruguai tinha sido adiada por meses.

As divergências sobre o ritmo de tais transferências, disse uma autoridade dos EUA, somaram-se ao atrito entre o secretário de Defesa Chuck Hagel e o círculo íntimo de Obama, que culminou com a renúncia de Hagel no mês passado.

A libertação dos seis prisioneiros foi adiada novamente em agosto, quando o Uruguai tornou-se preocupado com os riscos políticos nacionais na corrida para a sua eleição presidencial em outubro. Com a votação terminada, o presidente Josá Mujica seguiu adiante com o aceite dos prisioneiros.

Após a chegada, em Montevidéu, eles foram levados para um hospital para exames médicos.

"Estamos muito gratos ao Uruguai por essa ação humanitária importante", disse Clifford Sloan, o enviado do Departamento de Estado de Obama sobre Guantánamo, que negociou o acordo de transferência em janeiro, em um comunicado.

"O apoio que estamos recebendo de nossos amigos e aliados é fundamental para alcançar nosso objetivo comum de fechar Guantánamo, e esta transferência é um marco importante."

Sete outros presos foram transferidos de Guantánamo desde o início de novembro, incluindo três para a Geórgia, dois para a Eslováquia, um para a Arábia Saudita e um para o Kuwait.

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