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Luis Lacalle Pou, presidente uruguaio, disse em cúpula presidencial do Mercosul que prefere participação do bloco, mas que país pode “avançar” sozinho com tratado
Luis Lacalle Pou, presidente uruguaio, disse em cúpula presidencial do Mercosul que prefere participação do bloco, mas que país pode “avançar” sozinho com tratado| Foto: EFE/Nathalia Aguilar

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, afirmou durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados em Luque, no Paraguai, que se o bloco não quiser aderir ao acordo de livre-comércio que o país está negociando com a China, os uruguaios assinarão o compromisso sozinhos.

“Nós não vamos abrir mão desse direito”, disse Lacalle Pou durante seu discurso nesta quinta-feira (21). O presidente disse que o Uruguai já concluiu os estudos de viabilidade do acordo com a China e que não se trata de “uma iniciativa deste governo, mas já de dois, três governos atrás”.

“A primeira coisa que queremos fazer é conversar com os parceiros do Mercosul, irmos todos juntos. (Queremos) avançar nesse sentido, e se pudermos ir com os parceiros, melhor. Vamos convidá-los a se unirem como um bloco com mais poder de negociação”, justificou.

Entretanto, Lacalle Pou acrescentou em seguida que o Uruguai seguirá as tratativas mesmo que os outros países do Mercosul não decidam acompanhá-lo.

“Se não, vamos avançar. Isso não viola ou quebra a associação. Haverá outro presidente argentino, outro brasileiro, outro uruguaio, e o Mercosul continuará existindo. Entendemos os outros países, mas pedimos compreensão neste caso”, ressaltou.

A Argentina é a principal opositora a um acordo isolado do Uruguai com a China. No seu pronunciamento, o presidente argentino, Alberto Fernández, pregou negociações em conjunto e que os países do bloco “não se empolguem com a ideia de buscar soluções individuais”.

“Se há uma oportunidade para a China ter um acordo com o Mercosul, por que não analisamos juntos, por que não vemos a viabilidade juntos? Porque o acordo vai ser muito mais importante se incluirmos os 200 milhões de habitantes que o Brasil tem, esse acordo vai ser muito mais forte”, justificou.

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