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Uma cidade no sudoeste do Japão tornou-se, nesta terça-feira (28), a primeira do país a aprovar o reinício de uma usina nuclear no complicado processo japonês de reviver uma indústria que ficou ociosa devido à catástrofe de Fukushima em 2011.

Satsumasendai, uma cidade de 100 mil habitantes que hospeda a usina de dois reatores da empresa Kyushu Electric Power Co, fica 1.000 quilômetros a sudoeste de Tóquio e há muito tempo depende da usina de Sendai para gerar empregos.

Dezenove dos 26 membros da assembleia da cidade votaram a favor de reiniciar a planta, enquanto quatro membros votaram contra e três se abstiveram, disse um parlamentar da cidade à Reuters.

O reinício dos primeiros reatores do Japão a receber liberação para voltar a operar sob novas regras impostas desde Fukushima não deve ocorrer até o próximo ano, uma vez que a Kyushu Eletrics ainda precisa passar por verificações de segurança operacional.

Todos os 48 reatores nucleares do país foram gradualmente tirados de operação após Fukushima, o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, em 1986.

Um terremoto seguido de tsunami atingiu a usina de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, provocando vazamentos nucleares e forçando mais de 160 mil pessoas a fugir de cidades vizinhas, além de contaminar água, comida e ar.

O Japão foi forçado a importar combustíveis fósseis caros para substituir a energia atômica, que, anteriormente, era responsável por cerca de 30 por cento da eletricidade do país.

O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe está em busca de reiniciar os reatores nucleares, mas disse que vai deixar para as autoridades locais a aprovação de uma política que ainda é impopular com grandes setores do público.

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