Dezenas de manifestantes gritaram contra a chanceler alemã, Angela Merkel, e acenaram com cartazes dizendo “traidora” nesta quarta-feira (26), dia em que visitou Heidenau, cidade do leste da Alemanha que foi cenário de protestos violentos contra refugiados no fim de semana.

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Merkel, uma das chanceleres mais populares da Alemanha no pós-guerra, prometeu que sua nação não irá tolerar a xenofobia e repetiu que os confrontos do fim de semana, nos quais 31 policiais ficaram feridos, foram “vergonhosos e repulsivos”.

“Não há tolerância para estas pessoas que questionam a dignidade das outras, não há tolerância para aqueles que não estão dispostos a ajudar quando a ajuda legal e humana se faz necessária”, afirmou Merkel a repórteres e moradores da cidade.

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“Quanto mais pessoas deixarem isso claro... mais fortes seremos”, disse ele, oferecendo uma mensagem de apoio a todos aqueles que sofreram abusos.

A Europa está passando apuros para lidar com uma enxurrada de imigrantes e refugiados em fuga de conflitos na Síria, no Iraque e em outras partes.

A Alemanha, que tem leis de asilo relativamente liberais, provavelmente receberá o grosso desse influxo, estimado em 800.000 pessoas neste ano, o equivalente a quase 1 por cento de sua população.

Diante dos ataques quase diários aos abrigos, os políticos vêm alertando para a hostilidade crescente contra estrangeiros.

De terça para quarta-feira, um suposto incendiário tentou atear fogo a um abrigo vazio na cidade de Leipzig, e a polícia de Parchim prendeu dois homens por terem invadido um abrigo portando uma faca.

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