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Cidade do Vaticano (AFP) – O Vaticano proibiu oficialmente ontem a ordenação de homossexuais, por considerá-los inaptos para o sacerdócio, em um documento aprovado pelo Papa Bento XVI e publicado pelo jornal da Santa Sé ao fim de 10 anos de reflexões e polêmicas. A publicação confirma a versão divulgada pela agência católica italiana Adista, com a qual denunciava-se também o mal-estar na Igreja causado por um tema tão delicado e atual. A Igreja Católica decidiu fechar definitivamente as portas dos seminários e ordens religiosas àqueles que "praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicais ou apóiam a chamada cultura gay".

Discernimento

"As tendências que forem apenas expressão de um problema transitório, como o da adolescência, devem ser claramente superadas pelo menos três anos antes da ordenação", determina o documento do Vaticano. "O simples desejo de ser padre não é suficiente, e não existe o direito à ordenação", adverte a Igreja, que convida os bispos a aplicar as normas de discernimento para o acesso ao seminário e verificar, após a admissão, "que eles tenham a maturidade afetiva" indispensável. O Vaticano prevê que "seria gravemente desonesto o candidato esconder sua homossexualidade para ter acesso, apesar de tudo, à ordenação (...) Tamanha falta de retidão não corresponde ao espírito de verdade, lealdade e disponibilidade que deve caracterizar a personalidade de quem acredita ter sido chamado para servir a Cristo e a sua Igreja no ministério sacerdotal", conclui o documento.

Críticas

Apesar de o texto pregar o respeito e condenar a discriminação, várias associações católicas que defendem o reconhecimento dos "padres gays" e organizações de defesa dos homossexuais protestaram contra o texto, que classificaram de "racista e homofóbico".

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