A Venezuela se retirou formalmente do sistema de direitos humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), acusando-o de interferir em sua soberania e de ser contrário ao governo socialista. O falecido presidente Hugo Chávez, um crítico feroz da entidade com sede em Washington, iniciou oficialmente em setembro de 2012 a retirada do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
A saída torna-se efetiva um dia depois de a oposição venezuelana apresentar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) um pedido para classificar as eleições presidenciais de abril como fraudulentas. O herdeiro de Chávez, Nicolás Maduro, venceu por uma estreita vantagem.
"Constitui uma das ações mais graves realizadas contra os direitos humanos por parte do regime atual ... Nos coloca contra a história e os compromissos assumidos na Constituição", disse o conglomerado de grupos opositores, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), em um comunicado.
Elogio
Maduro classificou a saída como "a melhor decisão tomada por Chávez". "O sistema, chamado de Direitos Humanos, a Corte Interamericana, resultaram em um instrumento de perseguição contra os governos progressistas", acrescentou.
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