O governo e a oposição da Venezuela conseguiram fazer alguns avanços em seu segundo encontro, mas persistem dúvidas de que o processo de diálogo ajudará a superar a crise no país em meio à continuidade dos protestos de rua contra o governo de Nicolás Maduro.

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Representantes do governo e da coalização opositora concordaram na véspera em ampliar a Comissão da Verdade para investigar os episódios de violência dos últimos meses, mas a decisão tomada pelo executivo de rejeitar a proposta de uma lei de anistia para os presos políticos, que era uma das bandeiras da oposição, gerou ressentimentos em torno do processo.

A chancelaria colombiana, que participa como intermediária da discussão, afirmou nesta quarta-feira (16) em comunicado que ocorreram "avanços" e destacou como conquistas a ampliação da Comissão da Verdade, cujos membros em breve serão definidos pelas duas partes, a "participação da oposição no Plano de Pacificação Nacional promovido pelo governo" para tratar de questões de segurança e que os dois setores reiteraram "a rejeição a qualquer forma de violência e o respeito à Constituição como base para resolver os problemas venezuelanos". Também foi considerado um progresso que a coalização opositora participará das comissões de nomeação que irão preencher as vagas de juízes do Poder Eleitoral e Judiciário.

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