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Manifestações contra desmatamento da Floresta Amazônica, em frente à embaixada brasileira na Venezuela, em Caracas, em 2019.
Manifestações contra desmatamento da Floresta Amazônica, em frente à embaixada brasileira na Venezuela, em Caracas, em 2019.| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

A ONG Clima21 advertiu na quarta-feira (7) que a Venezuela é, entre as nações amazônicas, “o país com maior perda de florestas naturais em toda a região”, à frente da Colômbia e Bolívia, os mais próximos neste indicador.

“Durante o período 2016-2021, especialmente nas florestas naturais, a Venezuela sofreu a maior velocidade de aumento no desaparecimento desse tipo de vegetação”, revelou a ONG em seu relatório “Florestas em Desaparecimento: Desmatamento na Venezuela 2016-2021”.

De acordo com a pesquisa, no período 2016-2020, a cobertura florestal do país caribenho sofreu uma diminuição de 157.307 hectares, o que equivale a “mais de três vezes a superfície da Área Metropolitana de Caracas”.

A maior preocupação da nação caribenha, segundo o relatório, é "a velocidade com que aumentou essa perda" de espaços, que está relacionada ao fato de que nos últimos anos o desmatamento esteve orientado para "ecossistemas florestais naturais não intervencionados anteriormente".

Em comparação, entre 2001 e 2015 a floresta natural foi responsável por 19% de toda a perda florestal, enquanto no período 2016-2020 chegou a 35%, segundo o mesmo relatório.

Sobre as causas do desmatamento, a ONG destacou que as mais importantes são “a agricultura migratória, a obtenção de produtos básicos da floresta e os incêndios florestais”.

Além disso, mencionou a "mineração em pequena escala" como uma das causas deste fenômeno, e frisou que, embora seus efeitos sejam difíceis de estimar, "medidas locais indicam que o país perdeu uma importante área florestal devido a essa atividade".

Diante dos resultados do relatório, a Clima21 instou o Estado venezuelano a estabelecer uma "política nacional abrangente para a conservação dos ecossistemas florestais", bem como a desenhar uma estratégia para a conservação da diversidade biológica e fortalecer as capacidades das instituições ambientais.

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