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Brasília – A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou ontem a adesão da Venezuela ao Mercosul, após cerca de cinco horas de discussões marcadas por polêmicas entre governistas e oposicionistas.

O relator da mensagem do Executivo de adesão da Venezuela ao Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), apresentou parecer favorável. Ele disse que "nesse debate não caberia tanto esse empecilho ideológico, uma vez que o que estamos debatendo é a entrada de um país no Mercosul e não de um governante no Mercosul. Na minha opinião, os Estados Unidos não têm democracia, pois a eleição é indireta. Se for comparar Estados Unidos e Venezuela em termos de eleição, a Venezuela é mais democrática".

Gestos recentes do presidente Hugo Chávez na condução do país – como os planos de nacionalização de empresas; a não renovação de um canal de televisão e a declaração de que tornaria a Bolívia um Vietnã se seu presidente fosse desestabilizado – foram alvo de discussões entre os deputados.

Para o líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), não há estabilidade política no país, o que descredencia a Venezuela de integrar o Mercosul. "Há uma preocupação com instabilidade que hoje existe, a meu ver, na Venezuela, decorrente das ações do governo", afirmou o deputado.

A mensagem agora será apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça para depois ser votada no plenário da Câmara. O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul prevê prazo máximo de quatro anos para que o país adote as normas do grupo. O mesmo prazo é imposto para que o país adote a Tarifa Externa Comum.

Argentina e Uruguai já aprovaram a adesão da Venezuela ao bloco. Além do Brasil, o protocolo também está em tramitação no Legislativo do Paraguai.

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