A Venezuela oficializou, nesta segunda-feira, o fechamento de seu consulado em Miami, uma medida criticada pela oposição.

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Em comunicado, a chancelaria ordenou o retorno a Caracas dos funcionários venezuelanos que serviam em Miami, alegando uma série de "ameaças" que pesa sobre eles, com "riscos de um perigo real, grave e iminente", depois da expulsão da cônsul Livia Acosta pelo governo dos Estados Unidos.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) condenou o fechamento do consulado tachando a medida de "discriminatória", porque prejudica os venezuelanos nos Estados Unidos "limitando seus direitos (...) ao não mais permitir as inscrições no Registro Eleitoral dessa circunscrição consular".

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Segundo o secretário executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, a decisão é "medida de retaliação política", que afeta os direitos de muitos venezuelanos.

O consulado de Miami atendia a 200.000 venezuelanos residentes nos Estados da Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, segundo a MUD, além de constituir em seu principal centro de votação fora do país, com a inscrição de cerca de 20.000 eleitores.

Os venezuelanos vão às urnas no dia 7 de outubro, para as eleições presidenciais, nas quais Hugo Chávez tentará um terceiro mandato. Ele enfrentará um candidato único que a oposição escolherá nas primárias de 12 de fevereiro.