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A ministra de Defesa do Paraguai, María Liz García, confirmou nesta quinta-feira (28) que o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, se reuniu secretamente com comandantes das Forças Armadas paraguaias e pediu que os militares defendessem o ex-presidente Fernando Lugo no dia em que o impeachment do líder foi aprovado.

Segundo María Liz, o encontro foi realizado no Gabinete Militar do Palácio de Governo, às 16h da última sexta-feira (22). Ao lado de Maduro estava também o embaixador do Equador no Paraguai, Julio Prado, e o ex-comandante do Gabinete Militar paraguaio, Ángel Alcibiades Vallovera Antúnez, que ainda liderava a pasta.

"O chanceler pediu que respondessem à situação que afetava o ex-presidente, pediu que agissem imediatamente", contou a ministra, ao diário paraguaio "ABC Color".

No entanto, apesar da insistência do venezuelano, comandantes paraguaios optaram por respeitar a decisão do Congresso, baseada na Constituição, reforçou a ministra. O pedido de Maduro é mais uma das ações interpretadas pelo novo governo paraguaio como uma intervenção externa em assuntos internos do país, assim como a visita de uma delegação de integrantes da Unasul na última sexta-feira, que quis assistir o processo de reforma política.

A comissão, liderada pelo chanceler brasileiro Antônio Patriota, foi até Assunção preocupada com o processo democrático paraguaio. Os chanceleres tentaram angariar apoio ao ex-presidente no Senado e frear o julgamento relâmpago. O esforço foi considerado uma tentativa de dissuadir parlamentares de destituir Lugo, na opinião no novo governo do Paraguai.

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