O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste domingo que seu governo atuará penalmente contra o pastor americano Pat Robertson e que poderia buscar sua extradição por terrorismo, depois de na semana passada o religioso ter declarado que o dirigente venezuelano deveria ser assassinado em um programa de televisão.

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Durante um discurso diante de ministros dos países membros da Organização de Estados Americanos (OEA), Chávez acrescentou que se os Estados Unidos não tomarem ações contra o religioso, denunciará a Casa Branca diante de organismos internacionais.

- Anuncio que meu governo vai exercer ação penal judicial nos Estados Unidos - disse Chávez.

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O presidente classificou Robertson de "louco" e de uma "ameaça pública". O pastor dissera em seu programa televisivo "O clube 700" que os EUA deveriam deter Chávez a fim de impedir que a Venezuela se converta em uma "plataforma de lançamento da influência comunista e do extremismo muçulmano".

No domingo, o reverendo americano Jesse Jackson, uma das vozes mais fortes nos EUA pelos direitos civis, expressou seu apoio a Chávez, afirmando que o chamado de Robertson é uma ato criminoso.

Robertson, que mais tarde se desculpou pelo comentário, afirmou que expressava sua frustração pelas constantes acusações de Chávez contra o governo do presidente George W. Bush.

O pastor afirmou nesta segunda-feira que se Chávez "acha que estamos tentando assassiná-lo, acho que deveríamos ir adiante e fazê-lo".

O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, declarou que assassinos são contra a lei e que não são parte de uma política dos EUA.

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Na última sexta-feira, o presidente venezuelano disse que Bush seria o culpado se alguma coisa acontecesse ao líder sul-americano.

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