Falhas nos sistemas de abastecimento de água são alarmantes, diz ONG venezuelana| Foto: EFE
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A ONG venezuelana Monitor Ciudad denunciou na última segunda-feira (31) que as tubulações de água potável do país podem ficar até 65% do tempo sem abastecimento, devido a cortes e falhas de serviço.

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De acordo com um relatório apresentado pela organização, "das 168 horas de uma semana, os canos passam em média mais de 65% do tempo vazios".

O estudo anual, correspondente a 2021, que cobriu as áreas de Caracas, Maracaibo, Valencia, Valles del Tuy e o estado do Amazonas, informou que "todos os aquedutos do país estão sem água a maior parte do tempo".

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"Devido às inúmeras falhas nos sistemas de abastecimento, os venezuelanos fazem o que podem para aproveitar ao máximo as poucas horas de serviço que recebem, armazenando a maior quantidade de água em tanques e em qualquer recipiente que sirva para reservá-la", destacou a organização.

Nesse sentido, o Monitor Ciudad detalhou que quem não tem cisternas para armazenar água passa até 14 horas por semana recolhendo o necessário para suas atividades diárias.

"Independentemente da região da Venezuela onde monitoramos, as falhas nos sistemas de abastecimento de água são alarmantes", advertiu o relatório.

O Monitor Ciudad confirmou que o Amazonas, estado localizado no sul da Venezuela, foi a região do país que recebeu menos horas de água pelas tubulações em 2021.

"Apenas 10 horas de serviço por semana (no Amazonas). Seus habitantes subsistem armazenando água e construindo poços artesanais", disse a ONG.

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A organização estima que este ano haverá pouco investimento em água e saneamento e descreveu como "improvável" que os venezuelanos "percebam melhorias significativas na qualidade dos serviços".

Diferentes ONGs e cidadãos organizados denunciam, há vários anos, as constantes falhas no serviço de água em toda a Venezuela.

Recentemente, o ditador Nicolás Maduro pediu aos governadores que encontrem "soluções para melhorar os serviços públicos em termos de água, eletricidade, estradas, resíduos sólidos e gás", e afirmou que estavam "prontos" os recursos para trabalhar em um esquema de investimento durante 2022.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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