Os venezuelanos elegerão nesse domingo (23) vereadores, prefeitos e governadores em eleições regionais que serão utilizadas pelo presidente Hugo Chávez como um termômetro da aceitação do projeto socialista que vem impulsionando há uma década.

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Os venezuelanos escolherão os novos governadores de 22 dos 23 estados do país, além de 328 prefeitos e 233 legisladores provinciais.

Enquanto Chávez poderá medir a popularidade de sua revolução bolivariana, a oposição terá a oportunidade de constatar se cresce no país a tendência iniciada em dezembro de 2007, quando a reforma constitucional proposta pelo líder foi rejeitada em referendo, na primeira derrota de Chávez nas urnas.

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Para diversos líderes da oposição, Chávez vai propor novamente a reeleição presidencial indefinida depois destas eleições. A questão já fora incluída no projeto de reforma constitucional rejeitado em 2007.

O mandato do presidente venezuelano expira no início de 2013.

Na opinião de Ismail Garcia, o secretário-geral do partido de oposição Podemos, "o que está em jogo (nas eleições de domingo) não é nada menos que o destino definitivo da pátria."

Consciente de que sua popularidade saiu abalada do referendo de 2007, Chávez dirigiu pessoalmente esta campanha, realizando uma verdadeira maratona de comícios em todo o país para apoiar os candidatos do Partido Socialista (PSUV).

"O que está em jogo é o futuro da revolução, o futuro do socialismo, o futuro da Venezuela, o futuro do governo revolucionário e também o futuro de Hugo Chávez", disse recentemente o presidente venezuelano.

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De fato, os temas locais têm sido praticamente ignorados durante a campanha, com Chávez se focalizando na defesa de seu projeto de "revolução bolivariana" e na denúncia dos planos de golpes de Estado supostamente arquitetados pela oposição.

As pesquisas prevêem uma taxa de abstenção de cerca de 45% para estas eleições.

Observadores

Um total de 130 observadores internacionais acompanharão as eleições regionais e municipais da Venezuela, segundo um comunicado o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Os observadores são dos 34 países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) e são funcionários de alto nível de tribunais eleitorais da região, acadêmicos e representantes de organismos internacionais, explicou Rosaura Sierra, diretora geral de Relações Internacionais do CNE.

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A presidente do CNE, Tibisay Lucena, destacou que "a confiança, curiosidade e admiração pela plataforma tecnológica venezuelana transformaram a tradicional observação internacional em um programa de acompanhamento para conhecer o sistema eleitoral venezuelano".

"Isso demonstra que o CNE goza de um grande prestígio e respeito na América Latina", disse Lucena.

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