Gustavito é atendido por funcionários do zoológico salvadorenho: animal foi encontrado morto no domingo (26).| Foto: Divulgação/Cultura El Salvador

O anúncio de que Gustavito, o emblemático hipopótamo do zoológico de El Salvador, foi encontrado morto no domingo passado após ser atacado por pessoas causou comoção no país.

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Mas quase uma semana depois, há versões conflitantes sobre o ocorrido.

Ante a versão da morte violenta, a Procuradoria-Geral da República ordenou uma avaliação com forenses independentes que apontou, preliminarmente, uma hemorragia pulmonar como causa da morte.

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O hipopótamo foi encontrado morto no domingo, 26 de fevereiro, e um dia depois as autoridades atribuíram sua morte a um ataque com paus e armas cortantes.

“A autópsia diz que não se observa penetração na pele por objeto cortante. A pele deste animal é de 2,5 centímetros de espessura, é muito difícil que possam penetrá-la com um picador de gelo, como foi dito em um primeiro momento”, explicou na quinta-feira (2) o procurador Mario Salazar.

Estresse

A primeira versão sobre a morte do hipopótamo foi divulgada pela Secretaria de Cultura, que administra o zoológico.

A entidade afirmou que compartilhava da “dor e indignação pela morte do hipopótamo Gustavito, depois de que pessoas sem escrúpulos e sem respeito pela vida animal lhe deram uma surra brutal”.

No dia seguinte, a ministra do Meio Ambiente, Lina Pohl, em declarações reproduzidas pelo “Diario de Hoy”, confirmou que houve um ataque, mas que a morte foi causada pelo estresse.

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“Gustavito não morreu devido aos ferimentos, morreu pelo estresse que o evento ocasionou”, disse.

Descaso

Mas nesse mesmo dia, o Sindicato de Trabalhadores da Secretaria de Cultura afirmou que no momento da morte, Gustavito estava doente havia 17 dias e que as autoridades não acompanharam o caso.

Após conhecer a versão da procuradoria, a secretária de Cultura, Silvia Elena Regalado, insistiu em que Gustavito pode ter sido atacado e disse que solicitou à polícia que disponibilize agentes para vigiar parque.

“Esse é o relatório que recebi dos veterinários e dos biólogos e (a versão do ataque) é uma das coisas que devem continuar sendo investigadas”, declarou Regalado na quinta-feira.