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San Francisco, EUA – Cientistas reunidos esta semana na conferência anual da Associação Americana para a Promoção da Ciência (AAAS, na sigla em inglês) concluíram que a multiplicação de indícios da presença de água em Marte cada vez mais dá força à tese de que teria existido vida no planeta vermelho.

Mesmo levando em conta que a água é indispensável para a vida, este elemento não serve como prova definitiva de que existiu ou existe vida em Marte. Mas com certeza os indícios de presença de água no planeta vermelho reforçam os argumentos dos cientistas favoráveis a essa idéia.

A revista Science publicou esta semana novas imagens de um cânion cheio de fissuras em Marte. Os cientistas explicam que essas evidências de um antigo fluxo subterrâneo de água pode ter propiciado um ambiente favorável para a vida microbiótica.

No encontro da AAAS, Stephen Clifford, astrônomo do Lunar and Planetary Institute, em Houston (Texas, sul), também apontou ribeiras, e depósitos de sedimento que poderiam ter sido lagos, mares e até mesmo oceanos.

"Temos muitos indícios de que Marte era um planeta onde a água era abundante", disse Clifford. "Penso que um dia encontraremos sinais de vida em Marte", disse David Des Marais, da Nasa (agência espacial americana), durante conferência da AAAS.

Essas imagens publicadas pela Nasa, obtidas pela câmera de alta definição da sonda americana Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), exibem camadas de rocha em dois tons em linhas de fratura de um cânion. A presença de infiltrações de água é destacada na base rochosa com centenas de milhões de anos.

"Na Terra, uma descoloração como esta na rocha aponta claramente para interações químicas entre os fluidos que circulam entre a fratura e a base da rocha", explicou Chris Okubo, pesquisador da Universidade do Arizona e um dos autores do estudo publicado na Science.

Em um ponto os cientistas concordam. A exploração de Marte precisa cada vez mais de uma aproximação multidisciplinar para se ter a certeza se existe ou existiu vida no planeta. Os pesquisadores acreditam que os Estados Unidos nos próximos anos vão continuar mantendo a prioridade para a exploração de Marte, incluindo projetos para uma missão tripulada.

Além dos esforços para se comprovar os vestígios de água em Marte, o cientista da Nasa Tori Hoehler comenta que a estratégia atual da exploração do planeta vermelho também deveria incluir pesquisas sobre as possíveis fontes de energia essenciais para a manutenção da vida.

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