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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na terça-feira à Otan que ajude os EUA a conter a piora nas condições de segurança do Afeganistão, alertando que a atual situação representa uma ameaça ao Ocidente como um todo.

"A deteriorada situação na região constitui uma ameaça à segurança não só para os Estados Unidos, mas para toda nação em volta desta mesa", disse Biden a representantes dos 26 países que compõem a aliança militar ocidental.

"Foi dessas mesmas montanhas que o ataque do 11 de Setembro foi planejado", acrescentou ele na sede da entidade, em Bruxelas.

Os EUA invadiram o Afeganistão logo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, e logo em seguida, com ajuda de aliados locais, derrubou o regime islâmico do Taliban, que dava refúgio ao militante de origem saudita Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, responsável pelo ataque aos EUA.

Desde então, porém, o Taliban se reagrupou e voltou a agir não só no Afeganistão, mas também no vizinho Paquistão, onde militantes islâmicos têm interrompido o suprimento para as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, além de obterem concessões do governo de Islamabad.

Biden disse que o presidente Barack Obama quer consultar os aliados sobre uma nova estratégia para a região, e que Washington "espera que todos mantenham quaisquer compromissos feitos ao chegarmos a essa estratégia conjunta". Obama no mês passado aprovou o envio de 17 mil soldados adicionais para o Afeganistão.

O vice-presidente salientou que sua viagem a Bruxelas se destinava somente a ouvir os aliados dos EUA, que foram pressionados pelo governo norte-americano anterior a enviar mais tropas, no que em várias ocasiões degringolou para uma violenta discussão transoceânica a respeito da estratégia.

"Quando consultamos ... recebemos o tipo de consenso do qual a nossa liderança política precisa", disse Biden. "Com esse tipo de coesão ausente, será incrivelmente mais difícil enfrentar as ameaças comuns."

Obama promete fazer anúncios sobre a política dos EUA no Afeganistão antes da cúpula de abril da Otan na França.

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