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Tariq al-Hashemi se diz vítima de uma “caça às bruxas” | Umit Bektas/Reuters
Tariq al-Hashemi se diz vítima de uma “caça às bruxas”| Foto: Umit Bektas/Reuters

O vice-presidente sunita do Iraque, Tariq al-Hashemi, que fugiu do país em dezembro, foi condenado à morte ontem, depois que um tribunal de Bagdá o declarou culpado de ter planejado, ao lado do genro, o assassinato de um advogado e de uma autoridade de segurança do governo.

Al-Hashemi, que negou as acusações, fugiu do Iraque depois que o governo xiita o acusou de terrorismo no fim do ano passado. O caso despertou uma crise no governo iraquiano, alimentando o ressentimento de sunitas e curdos contra o primeiro-ministro Nouri al-Maliki, um xiita acusado por críticos de monopolizar o poder. "A alta corte criminal emitiu uma sentença de morte por enforcamento contra Tareq al-Hashemi depois de ele ser condenado", disse Abdul-Sattar al-Birqdar, um porta-voz do conselho judiciário. Sob a lei iraquiana, a condenação é seguida imediatamente pela sentença, mas há a possibilidade de apelação. Hashemi, que está na Turquia, acusou al-Maliki de conduzir uma "caça às bruxas" contra oponentes sunitas, mas o governo disse que esse era um caso do Judiciário. Um porta-voz da al-Hashemi não emitiu comentário imediato e disse que o vice-presidente iria liberar um comunicado na noite de ontem.

O julgamento teve um total de dez audiências e contou com depoimentos de antigos guarda-costas do vice-presidente, que disseram receber ordens e serem pagos para realizar os ataques. O governo xiita do Iraque acusou al-Hashemi de envolvimento em 150 atentados, assassinatos e outros ataques entre 2005 e 2011 – muitos supostamente executados por seus guarda-costas e outros empregados. Al-Hashemi havia dito anteriormente que seus guarda-costas foram provavelmente torturados ou coagidos a testemunhar contra ele.

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