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Debate objetivo e agressivo favoreceu eleitores indecisos: posicionamentos distintos sobre alguns temas | Rick Wilking / Reuters
Debate objetivo e agressivo favoreceu eleitores indecisos: posicionamentos distintos sobre alguns temas| Foto: Rick Wilking / Reuters

Ao contrário dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, que foram contidos nos ataques durante o primeiro debate eleitoral, na última semana, os candidatos a vice, discutiram de forma mais objetiva e agressiva no único encontro entre eles antes da eleição de 4 de novembro. Joe Biden e Sarah Palin debateram temas variados durante os 93 minutos de perguntas e respostas, desde economia e energia até política externa. E não faltaram ataques a Barack Obama, John McCain e mesmo George W. Bush e Dick Cheney.

A discussão entre a republicana Sarah Palin e o democrata Joe Biden chamou a atenção do eleitorado americano por conta da presença da "outsider" governadora do Alasca. É possível que o duelo entre o normalmente "verborrágico" Biden e a até então "blindada" Palin tenha atraído mais telespectadores do que o debate da semana passada entre os cabeças de chapa, marcado pelo equilíbrio e pela discussão sobre a crise econômica.

O debate foi mediado pela jornalista Gwen Ifill, que é negra e está escrevendo um livro que tem material sobre Obama. Depois de desmentir acusações de conservadores de que poderia agir de forma parcial, ela tentou ser objetiva. A atuação do democrata, entretanto, acabou interrompendo o fluxo da discussão em alguns pontos e deu a impressão de que ele teve mais vezes direito à última palavra em alguns temas.

O candidato democrata começou um pouco mais tímido, parecendo sem voz, mas ao longo do debate ganhou confiança e se impôs em muitos momentos, tentando mostrar experiência e confiança. A governadora do Alasca, por outro lado, buscou se aproximar dos telespectadores e eleitores, se mostrando como uma pessoa normal, que compreende os problemas pelos quais eles passam, e fugindo da "política tradicional" de Washington.

Ataques

Foi logo na primeira pergunta que os dois começaram a atacar a campanha adversária. Biden começou, lembrando da frase de John McCain, uma semana antes de a crise financeira piorar, de que as bases da economia estavam sólidas. Palin respondeu que ele se referia à força de trabalho do país, que realmente é forte, e também atacou. Ela disse que Obama era um político de partido, que votava sempre com os democratas, e que não pode fazer um governo bi-partidário, como John McCain pretende.

Desde então, quase todas as respostas dos dois candidatos incluíam ataques ao candidato adversário a presidente. Biden foi ainda mais longe, e atacou o governo do presidente Bush e do seu vice, Cheney. Segundo Palin, a base da campanha democrata é apontar para o atual governo como culpado por todos os problemas do país.

Os dois candidatos, entretanto, pareceram preferir poupar um ao outro, e focaram todos os ataques nos "cabeças de chave". Ao final do encontro, os dois se cumprimentaram dizendo ter sido um prazer poderem finalmente se conhecer.

Discussão

Assim como no encontro entre Obama e McCain, a primeira pergunta foi sobre a economia. A mediadora perguntou se a decisão do Congresso de votar contra o pacote econômico proposto pelo governo era uma demonstração do melhor ou o pior de Washington. Os dois candidatos atacaram o mercado financeiro e disseram ter alertado a respeito dos riscos da crise.

Depois disso, eles passaram a falar sobre orçamento, questões relacionada à produção de energia, ambiente e direitos civis, com os dois defendendo os direitos dos casais homossexuais, mas se negando a aceitar o casamento propriamente dito de pessoas do mesmo sexo.

Eles responderam ainda questões sobre política externa, incluindo a defesa de Israel, a ameaça de Irã e Paquistão e as propostas para lidar com o conflito no Afeganistão.

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