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A última vez que Londres tirou diplomatas da Líbia foi em setembro do ano passado, quando o embaixador dos EUA no país morreu após um ataque de rebeldes.

O Reino Unido decidiu ontem retirar temporariamente parte do corpo diplomático da embaixada na capital Trípoli devido ao aumento da violência causado pela crise política no país. Grupos armados pedem a saída do premiê Ali Zeidan, que foi diplomata durante o regime de Muamar Kadafi.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores informou que o pessoal retirado, em sua maioria, tem relação com os ministérios afetados pela crise política. O resto das atividades consulares e diplomáticas seguirá funcionando.

Londres já retirou funcionários diplomáticos outras vezes de Trípoli desde o início da revolta que derrubou Kadafi, em 2011. A última vez foi em setembro do ano passado, quando o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Stevens, morreu após um ataque de rebeldes líbios.

A tensão na Líbia voltou a aumentar há duas semanas, quando homens armados cercaram ministérios e órgãos do governo reivindicando a saída dos políticos que foram aliados de Kadafi. Respondendo à pressão, o Parlamento aprovou uma lei que proíbe os ex-aliados da ditadura de ter cargos no governo.

No entanto, ainda não foi definida qual será a abrangência da medida. Se aplicada de forma estrita, o premiê líbio seria obrigado a renunciar ao cargo por ter sido diplomata líbio na década de 1980. O mesmo aconteceria com ministros e deputados.

Mesmo após a nova lei, os milicianos armados ainda pedem a saída de Zeidan que, para contornar a crise política, convocou uma reforma ministerial na última quarta.

Ontem de madrugada, duas delegacias de polícia foram atacadas a bomba em Benghazi, no leste do país, no que pode ser mais um sinal de ação organizada por opositores ao atual governo.

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