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A violência étnica, política e mafiosa que assola por longos anos a cidade de Karachi, capital econômica do Paquistão, deixou cerca de 300 mortos nos três primeiros meses deste ano, informou nesta terça-feira uma organização de defesa dos direitos humanos.

Esta megalópole de mais de 18 milhões de habitantes, importante porto do sul paquistanês, é palco regular de ondas de violência com assassinatos em massa, mortes atrozes e torturas entre membros de diferentes clãs, grupos étnicos, partidos políticos rivais e gangues ligadas a jogos ilegais e tráfico de drogas.

"Cerca de 300 pessoas foram mortas a tiros nestes últimos três meses", declarou à AFP Zohra Yusuf, presidente da Comissão dos direitos Humanos do Paquistão (HRCP, sigla em inglês), uma organização independente, que assegura que este número foi confirmado pela polícia.

Em 2011, a HRCP contabilizou 1.715 mortos pela violência atribuída às rivalidades em Karachi.

Segundo a Comissão, 49 dos 300 assassinados de 2012 eram militantes de partidos políticos, o resto não tinha afiliação.

As rivalidades políticas opõem principalmente o Muttahida Qaumi Movement (MQM), que representa os imigrantes muçulmanos da Índia, após a divisão sangrenta do Império britânico das Índias em 1947, o Partido do Povo Paquistanês (PPP), no poder, e o Awami National Party (ANP), um movimento laico majoritariamente formado por membros da etnia pashtun do noroeste do Paquistão.

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