A Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos vê na visita do presidente americano, Barack Obama, o ponto de partida para uma relação estratégica nas áreas petrolífera e de produção agropecuária e para a absorção de alta tecnologia dos EUA pela indústria brasileira. A expectativa do meio empresarial se justifica pela comitiva que acompanhará o presidente dos EUA. Obama viajará com os secretários de Comércio, Gary Locke, de Energia, Steven Chu, e do Tesouro, Timothy Geithner, além da diretora da Agência de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, do representante dos EUA para o Comércio, Ron Kirk, e do presidente do Export-Import Bank, Fred Hochberg.
Por tradição, os presidentes americanos raramente levam consigo os secretários em suas visitas ao exterior. Nos cinco eventos empresariais agendados em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, os focos serão as possibilidades de negócios nos setores de energia (petróleo e biocombustíveis), de infraestrutura (obras para a Copa do Mundo, Olimpíada de 2016) e de serviços financeiros, para financiar todos esses projetos.
A Casa Branca vincula sua perspectiva de criar uma relação econômico-comercial mais intensa entre EUA e Brasil ao ambiente gerado pela sucessão presidencial no País.
O conselheiro adjunto para Assuntos Econômicos Internacionais da Casa Branca, Mike Froman, acentuou a relação entre a visita de Obama ao Brasil e a necessidade de recuperação econômica mais forte dos Estados Unidos via aumento de exportações. Conforme afirmou, os embarques de produtos americanos ao Brasil cresceram 35% em 2010, e responderam por 25 milhões de postos de trabalho no país. Froman não mencionou o fato de os Estados Unidos terem sido recentemente ultrapassados pela China como maior parceiro comercial do Brasil.
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