Quando Rosalee Grable tentou visitar o túmulo da mãe, no verão passado, foi expulsa pelo capitão Martin Thompson, com 25 anos de experiência em presos de alta segurança. As normas de acesso a Hart Island são muito rígidas. Os familiares só podem tomar o ferry na terceira quinta-feira de cada mês. Antes de 2007, nem isso podiam.
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“O fato de não terem me deixado passar foi uma experiência horrível. Mas desta vez pude ir e ver que o homem que me barrou no ano passado é um bom sujeito”, explicou a aposentada, que se sentia “realmente aliviada por ter visto que o lugar onde repousam os restos de minha mãe tem potencial”.
“O túmulo da minha mãe está de frente para o estuário de Long Island”, contou, ajeitando a câmera que comprou por saber que os oficiais apreendem todas as câmeras e telefones celulares dos visitantes.
Se permitissem esses aparelhos, talvez os nova-iorquinos conhecessem melhor a ilha, próxima a uma área de pescadores no Bronx. “Os presos estão muito conectados ao processo funerário porque muitos deles têm um parente, um bebê ou um amigo que foi enterrado ali”, diz Melinda Hunt, canadense que dirige o Hart Island Project, para ajudar a identificar os falecidos antes de 1977. Os arquivos anteriores do local pegaram fogo.
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