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Diante do constrangimento diplomático criado pelo governo britânico, o chanceler Celso Amorim admitiu nesta sexta-feira (15) que a solução - uma vez que o Brasil considera "inaceitáveis" as exigências - deverá ser mesmo o restabelecimento do visto para os brasileiros que quiserem entrar na Inglaterra. "Mas, se chegarmos a isso, vai haver reciprocidade. Não é uma vingança", disse, revelando que os pedidos britânicos nem serão avaliados.

"A proposta, da maneira como está hoje, não dá muito com o que trabalhar", disse o chanceler. Ele informou, ainda, que o governo Lula disse ao embaixador britânico no Brasil, Peter Collecot, que a idéia de vigiar a saída de brasileiros nos aeroportos internacionais do País é "inaceitável" e não será nem mesmo discutida pelo País.

O Estado de S. Paulo revelou na sexta-feira que o governo britânico entregou, no início de julho, uma carta ao Itamaraty e ao Ministério da Justiça, dizendo que o Brasil, sem nenhuma negociação diplomática prévia, havia sido incluído em uma lista de países que têm até o fim deste ano para adotar medidas especiais de combate à imigração ilegal

Se o Brasil não aceitar as exigências, o Reino Unido ressuscitará a política de pedir visto até em viagens de turismo - extinta em 1998. Uma das exigências é de que um policial britânico participe, no Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, do rastreamento de possíveis imigrantes brasileiros ilegais disfarçados de turistas. Outra é que as agências de turismo, para que não funcionem como "facilitadoras" de ilegais, entrevistem os clientes e não vendam passagens a quem apresentar indícios de que não seja um "visitante genuíno" - empresário, turista ou estudante. A Embaixada do Brasil em Londres ainda deveria favorecer o retorno voluntário dos irregulares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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