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Quito – Com o "sim’’ acachapante à Assembléia Constituinte confirmado nas urnas, o presidente do Equador, Rafael Correa, comemorou ontem os resultados exortando "as forças progressivas e patrióticas’’ do país a se unirem para eleger a maioria dos representantes da instância. Debilitada, a oposição declarou que a nova eleição será "a batalha final’’ contra Correa.

Pelos dados do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do Equador, o "sim’’ no referendo de ontem sobre a convocação da Assembléia contabilizava 4,5 milhões de votos (81,3%) contra 715 mil (12,8%) do "não’’, após a apuração de 85,5% das urnas.

"Tomara que uma força patriótica domine essa Assembléia para poder fazer, sem necessidade de pactos e alianças, as profundas reformas que o país precisa’’, declarou Correa.

Pelas regras aprovadas no referendo, o TSE deve preparar imediatamente as eleições para os 130 representantes da Assembléia Constituinte, que terá a tarefa de redigir uma nova Constituição para o país. O novo pleito deve ocorrer num prazo de até 150 dias.

Antes e no mesmo tom, o ministro do Interior, Gustavo Larrea, havia criticado a "partidocracia’’ equatoriana e afirmou que a estratégia para a eleição para a Constituinte não passará por acordos com partidos, mas pela formação de uma "concertação com a cidadania’’.

Os ataques à "partidocracia’’ é uma marca no discurso de Correa, que impediu que sua força política, a Aliança Pátria Altiva e Soberana, criada para sustentar sua candidatura à Presidência, apresentasse candidatos ao Legislativo em 2006.

Agora, porém, resta ao novo partido capitalizar a vitória no referendo e a popularidade de Correa para disputar a pulverizada nova eleição contra a experiente e mais organizada máquina partidária da oposição.

"Nós nos pusemos a trabalhar para ganhar a próxima Assembléia Constituinte. Essa será a batalha final’’, afirmou ontem o ex-presidente equatoriano Lucio Gutierrez, do Partido Sociedade Patriótica (PSP), que, embora opositor, havia declarado apoio à convocação.

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