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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, deve se reeleger hoje para mais cinco anos no cargo, depois de receber garantia de apoio da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. O novo mandato, porém, começa sob grande pressão, com Insulza fazendo promessas ao governo norte-americano a fim de garantir o apoio de Washington.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, em conversas com a secretária de Estado e com o secretário-assistente Arturo Valenzuela, Insulza comprometeu-se a tornar a prestação de contas na instituição mais transparente e ser mais pró-ativo na aplicação da carta democrática da instituição.

Depois de ser ignorada durante anos pelo Congresso norte-americano, a OEA agora está sob escrutínio de republicanos e democratas, que estão fazendo uma série de exigências. No dia 11, os senadores John Kerry e Robert Menendez introduziram um projeto de lei que aumenta o poder dos EUA sobre a instituição - que tem 60% do orçamento de sua secretaria-geral financiado por Washington. O Brasil não gostou. "A OEA não é uma sociedade anônima, é uma democracia, cada país tem um voto", disse o embaixador do Brasil na OEA, Ruy Casaes.

Os norte-americanos têm uma visão um pouco diferente. "Seria ótimo se outros países assumissem mais responsabilidade e contribuíssem com mais dinheiro para a OEA - e o Brasil é um bom exemplo, um país grande, emergente, que quer ter um papel maior na região. Seria ótimo se o Brasil, além de expor suas preocupações, abrisse a carteira também", disse Carl Meacham, assessor do senador republicano Richard Lugar.

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